domingo, 10 de agosto de 2008

Teologia e espiritualidade são mutuamente excludentes?


A contemplação, longe de opor-se à teologia, representa, na verdade, o resultado natural de seu processo de aperfeiçoamento. Não devemos separar o estudo da verdade revelada por Deus da experiência contemplativa dessa verdade, como se fossem dois fatos completamente distintos. Ao contrário, ambos representam simplesmente os dois lados da mesma moeda. A teologia dogmática e a mística, ou a teologia e a espiritualidade, não devem ser postas em duas categorias mutuamente excludentes, como se o misticismo fosse apenas para mulheres piedosas e o estudo teológico voltado somente para homens práticos, porém, lamentavelmente, carnais. Essa separação enganosa talvez seja a explicação para muito do que, na verdade, está faltando tanto à teologia quanto à espiritualidade. Ambas pertencem, contudo, uma à outra. A menos que estejam unidas, não há fervor, nem vida, nem valor espiritual na teologia; assim como não há conteúdo, nem sentido, nem um propósito seguro na vida contemplativa. (Thomas Merton - 1915-1968)


*extraído do livro Teologia Sistemática, histórica e filosófica de Alister E. McGrath, p. 186.


Soli Deo Gloria

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