quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sócrates e Jesus: O debate


Peter Kreeft teve uma bela inspiração ao compor neste livro uma representação pictórica da razão em busca da verdade. Segundo o autor, a inspiração do livro surgiu em virtude de duas leituras em especial; o primeiro capítulo de Migalhas filosóficas de ;Soren Kierkegaard, onde o teólogo e filósofo dinamarquês faz um comparativo entre a doutrina de Sócrates e a doutrina de Jesus; e a segunda leitura foi Atos 17.15-34, que mostra o apóstolo Paulo discutindo com os filósofos de Atenas.

Para Peter Kreeft "a razão humana, embora decaída, é projetada por Deus. Não há nada de errado com essa espada, apenas a forma como a empunhamos, tendo em vista que foi moldada no céu...esse Deus que não se contradiz nos deu dois detectores da verdade, a fé e razão; conclui-se que a fé e a razão, se empregadas corretamente, nunca se contradizem".

Peter Kreeft foi ousado ao colocar Sócrates em pleno séc.xx na Universidade de Havard, especificamente no curso de teologia. Imagina só...Sócrates discutindo com os pluralistas, relativistas, liberalistas e os enchendo de perguntas desconcertantes, todas elas permeadas com a imutável lei da não-contradição. É claro, por questões obvias, que as discussões não refletem a totalidade do pensamento Sócrates, mas apenas o método desenvolvido por ele (método socrático). Alguns temas abordados pelo autor do livro, são:

1. o pseudo-progresso da raça humana.
2. Fundamentalismo e cristianismo. Segundo o método socrático, toda verdade é fundamentalista, pois ela exclui automaticamente o que é contrária a ela.
3. Uma discussão sobre milagres e a possibilidade racional de sua existência.
4. Relativismo e pluralismo. Neste caso, o método socrático expõe a irracionalidade do pensamento de nosso tempo e suas contradições.
5. O conceito socrático de Deus em comparação com o AT. (Sócrates leu o AT e mudou seus conceitos...Kreeft foi genial...)
6. O pessoa de Jesus e sua singularidade (Sócrates também leu o NT e se encantou com a pessoa de Jesus).
7. A ressurreição como fato histórico.
Bom, no fim do livro Sócrates está completamente comprometido com a verdade do evangelho e destruindo o frágil fundamento da "fé liberalista" dos professores de Harvard. Demais!!!Sócrates se tornou um defensor da fé!!!
Livro recomendado para todo aquele que se interessa por apologética e filosofia da religião.

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