sábado, 10 de janeiro de 2009

Apologética é necessária? Parte II

Por Daniel Grubba
Há razões importantes para participarmos da tarefa apologética. E a principal delas é porque a defesa da fé é um mandamento bíblico. Como assim é um mandamento? Norman Geisler defende que “a razão mais importante para a apologética é que Deus a ordenou [...] Nosso objetivo principal é que cheguem ao conhecimento da verdade de que Jesus morreu por nossos pecados. Com uma tarefa tão importante a realizar, não devemos deixar de obedecer a esse mandamento”.
E a afirmação bíblica mais clássica de todo NT se encontra em 1Pe 3.15,16a.

...Santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam com mansidão e respeito...

Estes versículos nos mandam estarmos prontos para responder aqueles que nos questionarem coisas da nossa fé em Jesus. Uma má comunicação do evangelho pode ser uma grande frustração para cada um de nos, principalmente quando não estamos preparados.
Foi uma frustração pessoal em um evangelismo mal sucedido que levou Norman Geisler a estudar os fundamentos do cristianismo. Ele diz que em sua adolescência tentou abordar um homem com a palavra de Deus foi surpreendido com uma pergunta bíblica fora de contexto, mas que no momento por não conhecer a palavra suficientemente sentiu-se totalmente despreparado para responder.
Eu tive uma experiência parecida, pois ao tentar evangelizar minha sogra espírita há 25 anos fui surpreendido por um conhecimento maior que o meu, senti-me também despreparado. Fui estudar as diferenças entre cristianismo e doutrinas espíritas. Apos estudar e orar, retomamos a conversa e as coisas mudaram. Para gloria de Deus hoje ela é uma serva do Senhor.

Este mandamento também tem haver com nossa tarefa de evangelismo. Para evangelizarmos devemos nos apropriar da tarefa apologética destruindo argumentos. Em 2Co 10.4b,5 diz que devemos:

...destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.

É interessante notar que a defesa da fé é uma ênfase da teologia de Paulo. Em Filipenses 1.7 ele faz alusão a sua missão de “defesa e confirmação do evangelho”. No versículo 16 ele ainda diz: “aqui me encontro para a defesa do evangelho”. Não é exagero dizer que o sucesso apostólico de Paulo estava ligado a sua paixão de defender o evangelho de Jesus Cristo, perante um mundo mergulhando no paganismo politeísta, na intenção de ganha-los para o reino de Deus. No pequeno livro de Judas também encontramos uma referência clara ao dever da apologética, no verso 3 diz:

Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé de uma vez por todas confiadas aos santos.

Em Tito 1.9 encontramos o ministério apologético como uma obrigação da liderança eclesiástica. O bispo deveria ser “apegado firmemente à mensagem fiel, da maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário