"Abraão creu na palavra divina de que todas as nações seriam abençoadas em sua posteridade, e continuou a crer nela ainda quando, após ser pai na velhice, lhe foi exigido o sacrifício de seu único filho, Isaac; ora, tal sacrifício, que tirava todo sentido racional à promessa, significou, para Abraão, a fé no absurdo, a certeza de que Deus o estava provando e a disposição de sacrificar, se necessário, Isaac (com a certeza de que este lhe seria restituído); realiza-se, assim, o movimento que parte da resignação infinita (pela qual renuncia a Isaac), em que se adquire a consciência do seu próprio valor eterno, e chega-se, pelo absurdo, à fé, em que se readquire o finito (a retomada de Isaac); tal movimento implica a angústia e o paradoxo pois, se é preciso coragem puramente humana para renunciar a toda a temporalidade a fim de obter a eternidade, é preciso a coragem da fé para, em razão do absurdo, encontrar a alegria na temporalidade finita e transformar, assim, um crime moral em algo santo e agradável. "
Kierkegaad em Temor e tremor.
14 comentários:
Muito bom seu blog. Já estou seguindo.
Aproveito para convidá-lo a conhecer meu blog, e se desejar segui-lo, será uma honra.
Seus comentários também serão muito bem-vindos.
www.hermesfernandes.blogspot.com
A propósito, o que acha de uma parceria de banners entre nossos blogs?
Paz e bem!
Oi Hermes,
É uma honra enorme recebê-lo em meu humilde espaço.
Já conheço seu blog e sempre leio seus textos no Genizah.
Vamos trocar banners sim. Ja linkei o seu.
Fico muito feliz que você tenha gostado do meu humilde espaço.
Abraços,
Daniel
Olá Daniel,
Graça e Paz,
Parabéns pelo blog, muito interessante com conteúdo que edifica.
Já estou te seguindo. Te convido depois a visitar meu blog.
http://blogrenatojr.blogspot.com/
Em Cristo!
Renato Jr.
http://blogrenatojr.blogspot.com/
Salve, amado em Cristo!
Daniel, que benção é o seu blog! Contundente e oportuno o texto de Kierkegaard, e serão bem-vindos outros iguais destes. Sugiro também Chesterton ("Ortodoxia"), muito bom, por sinal.
Se nos conhecemos? Talvez no Orkut ou em alguma outra comunidade pela web, ou quem sabe de alguma esquina da vida. Mas é muito bom tê-lo como companheiro na blogosfera.
Abraços,
Em Cristo!
Anderson
Oi Renato,
Obrigado pela visita.
Já estou seguindo seu blog.
Deus abençoe,
Daniel
Oi Anderson,
Obrigado pela visita e pelo comentário.
Eu estou com Ortodoxia na lista de próximas leituras. Deve ser muito bom mesmo, todo mundo recomenda.
Grande abraço,
Daniel
Seu banner já está, amigo Daniel.
Forte abraço!
Olá, meu irmão,
Adicionei seu banner em minha pequena lista (que está começando agora). Parabéns, gosto muito do seu blog.
A Paz do Senhor Jesus,
Rodrigo Amaro
portaestreita.wordpress.com
Oi Rodrigo,
Obrigado pela força...
Deus abençoe,
Daniel
Que Deus nos dê um pouco da fé e da coragem de Abraão que, contra tudo, e contra todos, resolveu romper com o seu pequeno mundo e abrir-se para o desconhecido, preferindo o nomadismo de um Deus de “passagem”( palavra que está na raiz do nome Judeu), a ficar entranhado no aconchego do Lar, de horizontes tão curtos.
Abraão não recusou, como não considerou “diabólico” conhecer um Deus fora dos seus domínios.
Fecho os meus olhos, e no meu imaginário vejo aquele homem partindo para o desconhecido. Lágrimas para todos os cantos, e os seus amigos esperando-o sumir no horizonte para sussurrarem de ouvido a ouvido, como se Deus não pudesse ouvir:
“Isto só pode ser coisa do diabo!”.
Gosto do Kierkegaard,
Gostei também de seu blog.
Forte abraço, mano!
Gosto do Kierkegaard,
Gostei também de seu blog.
Forte abraço, mano!
Oi Humberto,
Obrigado pela visita.
Oi Levi,
A atitude de Abraão está para além da nossas compreensões dogmáticas e sistematizadas.
Barack Obama comentando este trecho, disse que se os policiais americanos encontrassem um homem adulto com uma faca, e seu filho no altar pronto a ser morto, sem sombra de dúvidas o prenderiam e o colocariam em um hospício caso falasse que foi Deus quem mandou matar. Achei interessante este comentário...
A verdade é que não há explicações muito razoáveis para tal ato de resignação como afirma Kierkegaard, senão a fé.
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