quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Porque a Teologia da Prosperidade é tão atrativa?




Esta é uma pergunta muito comum em nossos dias. E toda classe de pensadores já deram suas respostas; jornalistas, teólogos, sociólogos da religião, filósofos, silasmalafanianos, e leigos. Não procurarei neste post responder o porque este "lixo existêncial" importado do USA deu tão certo na arraial evangélico tupiniquim. Todavia, dizem que a teologia é como o vinho: envasada na Alemanha, envelhecida na Inglaterra, deteriorada nos EUA e finalmente exportada para o Brasil.



No século XV, Tomás de Kémpis, monge e escritor místico alemão, deixou registrado algo muito interessante sobre este "evangelho das portas largas", em uma das obras de maior influência no cristianismo, "Imitação de Cristo". Vejamos o que ele tem a dizer:



"Há muitas pessoas hoje em dia que amam o reino celestial de Jesus, porém poucas carregam sua cruz; muitas ansiando por conforto, mas poucas suportam sofrimentos. Longa é a fila das pessoas que compartilham de seu banquete, porém curta é a fila dos que compartilham de seu jejum. Todos desejam participar de seu júbilo, mas somente uns poucos estão dispostos a sofrer por sua causa. Há muitos que seguem a Jesus até o partir do pão, poucos o fazem até o momento de beber o cálice do sofrimento. Muitos que enaltecem seus milagres, poucos que o seguem na indignidade de sua cruz". (The Imitation of Christ, p.76-77).


Acredito que é este tipo de pessoa descrito por Tomás de Kémpis que faz a Teologia da Prosperidade ser um sucesso de consumo. Enquanto houver procura por tais facilidades, haverá oferta.

Um comentário:

Blog do Vailatti disse...

Daniel,

Como você bem colocou,infelizmente o Brasil continua a aceitar esse tipo de teologia... É, como disse Pero Vaz de Caminha sobre a Terra do Brasil: "Nela em se plantando, tudo dá!", inclusive as heresias...

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