terça-feira, 28 de julho de 2009

Formar pastores ou teólogos?



Por Lourenço Stélio Rega

A discussão superada na década de 90 está voltando. Sem dúvida entendo ser uma questão importante, mas também precisamos considerar alguns detalhes.

(1) Depois de mais de 32 anos de ministério – tanto na igreja local, quanto na educação teológica (neste caso quase 34 anos) como na vida denominacional – tenho aprendido que não adianta nada conhecermos bem Teologia e exegese se não pudermos atender o povo, as ovelhas;

(2) mas tenho aprendido também que, para atender às ovelhas, precisamos de conteúdo – conhecimento teológico, bíblico, psicológico, sociológico, filosófico, etc – senão o ministro não vai conseguir ter fundamentos para fazer com qualidade o que for preciso. Será preciso também interpretar a cultura e ideologia deste mundo para poder preparar as ovelhas a sobreviver na vida cotidiana como verdadeiras testemunhas em palavra e vida transformada;

(3) em outras palavras, aprendi que esta questão é como os dois trilhos da estrada de ferro, onde um pára, a viagem pára;

(4) enfim, precisamos aprender que teoria e prática andam juntas. Precisamos formar líderes que sejam líderes na prática, mas que também pensem teológica e biblicamente;

(5) aqui seguem, para os dois lados, alguns ditados sobre o assunto:

«A teoria sem a prática é utopia, a prática sem a teoria é rotina.» «A teoria sem a prática é estéril e mero jogo intelectual, mas a prática sem a teoria é cega e ingênua.» «A teoria sem a prática é ideologia; a prática sem a teoria é empirismo cego.» «A teoria sem a prática vira “verbalismo”, assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade.»
(Paulo Freire)

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Lourenço Stelio Rega, Mestre em Teologia, Mestre em Teologia, Mestre em Educação, Doutor em Ciências da Religião; diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo

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