quinta-feira, 14 de maio de 2009

Meu amigo Jean-Paul Sartre (1905-1980)


Sartre é muito interessante. Na verdade estou aprendendo a me relacionar com sua filosofia existencialista. A princípio eu não gostava muito dele, minha ortodoxia preconceituosa o via apenas como um ateu perdido. Então um dia me deparei com o argumento de Sartre que questionava "se Deus é causa de tudo, então qual a causa anterior a Deus?" Passei a ponderar, procurei respostas nas cinco vias de Tomás de Aquino, depois voltei a Sartre...e fui deixando de lado seu ateísmo para entender o seu mundo.

Como um expoente do existencialismo, a preocupação de Sartre é a totalidade da existência humana, que para ele é nauseante. O homem deve descobrir o significado do ser para si. Interessante que Sartre não é diferente do existencialista que escreveu Eclesiastes, segundo o qual, a vida é pura vaidade. É igualmente monótona, pois não há nada novo debaixo do sol. Mas isto é algo não muito falado nas igrejas em virtude das palavras motivacionais e triunfalistas que esmagam a verdadeira realidade da nossa existência. Devemos ser sempre triunfantes, vitoriosos, alegres, guerreiros, endinheirados, saudáveis, é quase um super homem da fé. A existência orientada por este prisma é uma disneylandia, e ninguém que seja sincero consegue viver o tempo todo assim...O que dizer do meu Jesus? Nele que se encerra o significado de tudo e ainda diz: no mundo tereis aflições.

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