Sol que alumia a vida,
branda paz que me laçou,
em braços feridos e abertos,
Luz a mim então raiou.
Nunca deixe que se apague
esta luz que me alumia,
nem que o dia se acabe
e se torne tarde fria;
Fria tarde de tormenta,
triste dor que desatina,
olhos rasos na retina,
fria dor que não se esquenta.
Tarde vai, vem noite fria;
em meu peito o gelo, o pranto;
chorei por um acalanto,
gritei ninguém me ouvia.
Mas no meio da tormenta
uma voz então se ouvia:
SOU a chama que te esquenta,
SOU o Sol que te alumia
Te clareio dia e noite
Te afago noite e dia
Isto me custou açoites
E o pranto de Maria
De Marias sois milhares;
Joãos, Pedros e Marias...
Que em amargas noites frias
Prantearam pelos ares
Ares que choravam dores
Noites que faltavam luz
Pranteei por meus amores
Pendurado numa cruz
Cruz que deste ao triste pranto
Novo tom que não se via
Transformara a noite escura
Em um “Sol do meio-dia”.
Transformara a noite escura
Em um “Sol do meio-dia”...
Autor: Meu caro amigo, Paulo Roberto Cicolani
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